sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Bubbles Food & Bar

Encontrámo-nos por acaso. Depois de um jantar entre amigos. E foi amor à primeira vista. Bem, talvez à segunda. Inicialmente o Bubbles parece um bar portuense, igual a tantos outros. Mas não é. 
Embora o impacto inicial não tenha sido surpreendente. A verdade é que me apaixonei por um espaço do Bubbles em particular. Uma espécie de jardim interior, com uma decoração genial e, um ambiente intimista. Não sei se por sorte, ou por ser hábito, encontrámos o espaço muito calmo, aliás, durante uma hora tivemos aquele jardim encantador só para nós, com bossa nova como banda sonora. 
Quem nos recomendou o espaço, também nos falou do champagne de melão. E eu que não sou nada de copos, adorei. É certo que é uma bebida mais feminina, até porque tem um sabor tão suave que não parece se tratar de uma bebida com teor alcoólico, mas até o público masculino devia experimentar.
Resumindo, foi uma surpresa muito agradável e, mais uma prova de que o Porto não se resume à Foz, aos Aliados, à Baixa e às Galerias Paris. 

Rua Conde de Vizela, n.º 149
933630265
http://www.bv-bubbles.com

As seguintes fotos foram retiradas online das páginas do espaço.









sábado, 2 de agosto de 2014

Os lugares escuros de Libby Day

Gillian Flynn. Já tinha lido o «Em parte incerta» desta autora. Hoje, terminei «Lugares Escuros». O primeiro romance prendeu-me por completo, pela mais espectacular reviravolta que já li e, por isso, é o meu preferido da autora. 
Não obstante, este «Lugares Escuros» não deixa de ser estupidamente bom. A história é macabra, com requintes de malvadez, as personagens bem construídas, e achei incrível a capacidade de Gillian para retratar uma das personagens principais sem cair na banalidade do perfeccionismo. Gillian conseguiu definir Patty, com a maior das facilidades, como uma mãe igual a todas as outras, maravilhosamente imperfeita. Depois, como é hábito, a dinâmica do livro é surpreendente, dado o talento de Flynn para fazer um paralelismo entre o passado e o presente. Não fiquei fascinada, contudo, com o final. Não foi uma reviravolta. Desde o início que percebi que aquele seria o desfecho.

Para quem não conhece a história, o livro retrata a história de uma família que foi sujeita àquilo que em Kinnakee se considerou um sacrifício satânico. A única sobrevivente, Libby Day, bem como Ben Day, o único responsabilizado perante a justiça pelos acontecimentos, envolvem-se numa trama pela descoberta do que realmente aconteceu naquela noite fatídica. 


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Long walk to freedom

Mandela: Long walk to freedom é um filme biográfico de 2013 dirigido por Justin Chadwick. Shame on me! Ainda não vi o dito cujo.
Revelo uma certa tendência para me aborrecer com filmes biográficos, porque demonstram-se sempre demasiado sensacionalistas. Mas sou insaciável no que toca a informação. Sendo aliás, a matriz da minha existência a constante aprendizagem (pelo menos tento que seja). Por isso, tenho como plano para esta noite a visualização deste filme.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Home sweet home

Sou uma eterna apaixonada pela minha cidade. Gosto de viajar, mas não troco a cidade invicta por nada. Porque ela é isso mesmo, invicta. Inesquecível, insubstituível e invencível. Trato-a por tu. E quem por cá já passou, sabe do que falo. 
Mantêm as suas marcas do tempo, não recorre a botox citadino para impressionar quem de fora vê, e por isso o carisma permanece. É uma cidade envelhecida, com orgulho. 
Mas o que me impressiona mais, é as gentes. As gentes desta terra. Empreendedoras, criativas e empolgantes. E essas sim, com sangue novo e quente. 
Não procurei saber muito da história, mas acredito devotamente que o projecto Casinha Boutique Café tem na sua origem estas gentes.
A casinha é mesmo uma casinha, acolhedora, com uma decoração romântica. E o espaço exterior, é um jardim proibido, recôndito nos seus segredos. Os cafés, os scones, os gelados e o brunch são convidativos, mas posso-vos assegurar que o rei lá de casa é o cheesecake.

Fica aqui a morada deste lugar maravilhoso:

Avenida da Boavista n.º 854
4100 - 112, Porto










Ps: As fotos foram retiradas do facebook da Casinha Boutique Café.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

O José Luís Peixoto

Uma das mais-valias da revista "Volta ao Mundo", é a crónica mensal - Passageiro Frequente - escrita pelo José Luís Peixoto. Faz-me verdadeiramente viajar. 
À uns tempos escreveu sobre um tema que já por diversas vezes falei entre amigos. A esfericidade entre o bom que é regressar a casa depois de uma viagem e, a saudade inevitável do sítio de onde se vai partir.

"Saudades de onde ainda se está

Quando corre tudo bem, há uma pequena dor. É como um dedo leve que toca o peito, um indicador esticado a empurrar.
Todos os que não são nómadas têm uma casa para onde voltar. Esse é o lugar que, por vontade ou por acaso, calhou pertencer-lhes. O bico do compasso assenta sobre esse lugar e estende-se a partir daí. Esse é o centro e o epicentro. No fim de cada viagem, é saudável querer regressar a casa. Aquilo que se conseguiu construir, e em grande medida aquilo que se é, está em boas condições. Essa vontade é sinal de que se tem uma boa relação consigo próprio. Salvaguardando todas as excepções, quando não se quer voltar é porque aquilo que se deixou estava a fugir do controlo ou estava já totalmente descontrolado e fora de rota, é porque a vida que se levava estava bastante longe daquela que se sonhava. Por isso, é agradável quando se sente que a hora de regressar é justa, quando se diz a quem vai sentado ao nosso lado no avião: foi bom, mas agora sabe bem voltar a casa. Há uma sensação de fecho e de harmonia. Fizemos parte de algo que começou, que teve o seu desenvolvimento e que chegou ao fim. Mas as melhores viagens, as que correm mesmo bem, as mais memoráveis, são aquelas que criam uma pequena dor. Quando começa a aproximar-se o momento de fazer a mala, quando a margem de tempo que nos sucede e que somos capazes de antecipar começa a sobrepor-se ao caminho de regresso e à chegada a casa, há uma sensação de que se vai sentir falta daqueles dias e daquele lugar. Então, mais ou menos de repente, percebe-se que aquele tempo nunca mais se repetirá. Pode até haver a oportunidade de voltar a viajar para esse mesmo destino, pode até ter-se à espera as mesmas pessoas, mas não poderá ser igual porque o tempo e as circunstâncias nunca se repetem. 
Essa pequena dor, no entanto, não é amarga na sua raiz. Com facilidade, é possível aprender a apreciá-la. De certa forma, essa dor é a garganta de que somos humanos, a nossa condição exige a transitoriedade e a irreversibilidade, palavras longas, características que, por sorte ou por defeito, não temos sempre presentes na consciência de nós próprios. Ainda assim, não lhes podemos fugir porque não podemos deixar de ser. Com os anos, quanto mais se viaja, aprende-se a valorizar essa dor ligeira que se sente no momento em que a hora de regressar está marcada e se tem a sensação de que se ficava mais alguns dias, que acabou demasiado rápido. Muito pior é quando se fica contente por ter terminado, quando se quer voltar a casa o mais depressa possível. Nesse caso, viveu-se pouco ou viveu-se mal, perdeu-se tempo, fez-se um caminho longo apenas para se perceber que mais valia não ter saído de casa. Esse é o pior cenário, mas igualmente possível porque viajar é um jogo, um risco. Por isso, deve sentir-se gratidão quando corre bem, mesmo que haja uma pequena dor, como um peso, como um ligeiro aperto. É em busca dessa dor que viajamos sempre."



                                                                                                                 José Luís Peixoto 

domingo, 1 de setembro de 2013

Se Maomé não vai à montanha...

Hoje tenho boas novas para a malta do Porto e, para aqueles que morrem de vontade de comer uns quantos Bagels. É que...à cerca de um mês abriu, na Ribeira, o Porto Bagel Café, ou seja, um sonho tornado realidade.
Ainda não posso opinar muito sobre o espaço, porque ainda não o conheço, só descobri esta relíquia hoje, mas já reuni algumas informações.
Ora, pelos vistos os Bagels chegam de Londres, e o espaço divide-se em três zonas distintas - uma esplanada, uma sala para atendimentos rápidos e uma outra com vista para o Douro. O que tem tudo para se tornar o espaço das manhãs de Outono. 
A carta é composta por 10 opções de bagels e recheios doces (1,50€) ou salgados (3,50€). Ouvi dizer que tem de tudo - mel, compota, salmão, mozzarella, e claaaro, queijo-creme!
E como se ainda não bastasse, a sangria do Porto Bagel Café tem dado que falar pelo seu sabor a frutos vermelhos (jarro 7,50€).
Por isso, é uma falha imperdoável não ir experimentar o que melhor de Londres, há no Porto. 

Rua Nova da Alfândega, 12, Porto
De segunda a domingo das 10h às 22h